O obscuro artista libanês militante da causa palestina que divulgou via Facebook o manifesto dos 55 artistas boicotadores de Israel, que exigiam da 31ª Bienal de São Paulo, com orçamento total de R$24 milhões, a retirada do apoio de R$90 mil que Israel destinou à exposição de 3 artistas israelenses selecionados, cantou vitória anunciando, pela mesma via, que os 55 foram ouvidos.
Após “negociações coletivas”, a Fundação Bienal comprometeu-se a retirar o logo do Consulado de Israel como “patrocinador máster” do evento, mantendo-o apenas aos artistas israelenses apoiados. “Essa transparência será aplicada a todos os financiamentos nacionais para artistas na Bienal.”, afirmou o obscuro artista libanês.
Como essa segregação seria feita não foi explicado, mas parece que um papelote deve ser toscamente colado nos cartazes e catálogos já impressos, explicando que os apoios são específicos de cada artista/país. A grotesca solução proposta pela Fundação Bienal após as “negociações coletivas” (imagino cenas bizarras e de horror típicas de assembleias comunistas, nazistas e islamitas) satisfez os artistas boicotadores de Israel.
Segregando os três israelenses com o logo do Consulado de Israel simbolicamente convertido em “estrela amarela” pelo movimento BDS, imposta com a cumplicidade da Fundação Bienal, que “não tinha como devolver o dinheiro”, os 55 artistas boicotadores de Israel atingiram seu objetivo de confundir guerra com genocídio, autodefesa com massacre, terrorismo com resistência e arte com propaganda.
Baseados em crenças de inspiração nazista, os artistas do evento macabro que abre suas portas nesta sexta-feira em São Paulo conseguiram impor sua vontade totalitária à organização brasileira, sob o pretexto de que “o financiamento [de Israel] pode comprometer e minar a razão de existência de seus trabalhos”.
Entendemos melhor o caráter propagandístico da “arte” a ser exposta nessa Bienal islamizada ao sermos informados pelo artista libanês militante da causa palestina que “a luta por autodeterminação do povo palestino se reflete nos trabalhos de muitos artistas e participantes da Bienal, envolvidos com direitos humanos e lutas populares em escala global.”
Sabemos qual é o caráter desses “direitos humanos” e dessas “lutas populares em escala global”: ele nada tem a ver com a violação dos direitos humanos praticada na maioria dos países envolvidos com a causa palestina, mas sempre e apenas com as supostas violações cometidas por Israel.
Dois dos três artistas israelenses financiados por Israel assinaram o manifesto e participaram do Boicote BDS ao seu país. Nada como cuspir no prato em que se come! É uma atitude nobre e corajosa, que mostra o que vale a ética na sociedade global dominada pelo islamofascismo aliado às esquerdas totalitárias.
O manifesto de Facebook conclui-se com a seguinte frase de efeito: “A opressão de um é a opressão de todos.” Os 55 artistas que agora oprimem os 3 colegas israelis, que passam a ser vistos (com o colaboracionismo masoquista de 2 deles) como animais no zoo, não se sentem como opressores.
Henrique Sanchez, membro do Movimento Palestina para Tod@s (Mop@t), atuante no Brasil desde 2008, declarou que “a desvinculação do apoio de Israel à Bienal foi uma importante vitória” do movimento BDS, abrindo “precedentes para a construção de amplas ações, iniciativas e campanhas de boicote cultural no Brasil”.
O caso demonstra que ceder o mínimo que seja ao terrorismo infiltrado acarreta consequências devastadoras à democracia do país hospedeiro. Dois artistas palestinos ficaram indignados com o fato de o site do Consulado de Israel linkado na página da Bienal informar que as recentes operações militares do país em Gaza eram atos de autodefesa contra as hostilidades iniciadas pelo Hamas. Ou seja, eles se indignaram com a verdade! Querem impor a mentira palestina ao mundo inteiro, e até mesmo no site do Consulado de Israel.
Um desses paranoides afirmou que “jamais teria aceitado participar de uma mostra se soubesse que seria patrocinada por Israel”. Adepto do apartheid de Israel no mundo ele assim conclui sua arenga racista: “Eles querem nos usar por meio da arte para legitimar e purificar o genocídio que eles estão conduzindo agora na faixa de Gaza.” A visão que o Palestino Vitimado tem do mundo é um inferno, e ele não cessa de expandi-la aonde quer que esteja, até que o inferno que ele criou em sua mente tenha o tamanho da Terra.
Ataques terroristas são legítimos; defender-se deles, não: essa é a lógica terrorista dos terroristas. Os quatro árabes (dois palestinos, um egípcio e um libanês) interessados no BDS contra a Bienal paulista que os selecionou recusaram-se a abandonar simplesmente a mostra, alegando que o contrato assinado com a Fundação os obrigava a devolver o dinheiro da produção de seus trabalhos. Que chato, hein? A dignidade tem um preço, mas esses paladinos da Justiça não estão dispostos a pagá-lo.
O mais curioso é que o artista libanês que assumiu a liderança do protesto confessou temer ser punido em seu país ao retornar de uma Bienal apoiada por Israel: “Participar dessa mostra pode ter graves consequências legais para mim”, declarou à imprensa. Como é? O campeão dos direitos humanos “violados” por Israel teme voltar ao seu país e sofrer sanções e sabe-se lá mais o quê só por ter participado de uma mostra patrocinada por Israel?
O coitado do artista que vive sob tal regime de opressão deveria boicotar, antes de tudo, seu próprio país e a si próprio, excluindo-se de todo e qualquer evento em que seu trabalho, quando financiado por seu país, é assim manipulado para legitimar graves violações de seus direitos humanos.
DOCUMENTAÇÃO
Nota emitida pelo Consulado de Israel em 8 de setembro de 2014
O Estado de Israel e seu Ministério de Relações Exteriores cooperam de longa data com a Bienal de São Paulo, e obras israelenses foram exibidas em cada uma das Bienais realizadas.
Alguns meses atrás, curadores da Bienal se dirigiram ao nosso Ministério, solicitando a participação de Israel, como sempre tem sido feito – e paralelamente examinando as possibilidades de Israel contribuir financeiramente para a Bienal. Israel propôs certa quantia, os curadores solicitaram um aporte maior e Israel acedeu a este pedido também.
Alguns dias antes da inauguração da mostra, foi publicado manifesto de um grupo de artistas em repúdio ao patrocínio de Israel, manifesto esse apoiado por determinados curadores – parte dos quais haviam anteriormente procurado Israel para solicitar sua contribuição financeira.
Israel considera a atitude dos artistas signatários e o apoio destes curadores como uma iniciativa nefasta, contraproducente, nociva e moralmente condenável, que pretende prejudicar, boicotar e discriminar um Estado participante da Bienal. Esta iniciativa é negativa para a arte e a cultura, que os artistas da Bienal deveriam apreciar e proteger, pois arte e cultura são linguagens universais, que não conhecem limites e fronteiras.
Elas podem e devem aproximar povos e segmentos sociais e políticos. A atitude dos artistas e curadores causou prejuízo a estes mesmos princípios, ao prestígio da arte e da cultura em geral e ao da Bienal, em particular.
Política e cultura não devem se misturar e não se deve utilizar e se aproveitar da cultura para atingir fins políticos. A Bienal se realiza para expressar e dar espaço adequado e importante para a arte e a cultura – as lutas políticas se devem fazer nos foros políticos nacionais e internacionais adequados, que foram constituídos para esses fins.
A inaceitável tentativa – já frustrada – dos artistas assinantes com o apoio dos curadores de “sequestrar” a Bienal para fins políticos é contra os princípios que devem reger os importantes eventos culturais internacionais.
O Consulado Geral de Israel em São Paulo agradece ao presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Dr. Luis Terepins, ao Conselho da Bienal e a todos aqueles que se esforçaram para chegar a uma solução viável para todos e permitiram a realização da Bienal, com a participação de todos os países e patrocinadores do evento, contribuindo assim para salvaguardar a mostra dos prejuízos que a atitude daqueles artistas e curadores poderia ter acarretado.
Posição do Presidente da Bienal
Luis Terepins, presidente da Bienal, declarou: “Somos uma instituição plural, não tomamos partido”, disse à Folha de S. Paulo. “Buscamos apoio de todos sem discriminação. Esse problema que existe entre Israel e palestinos fica lá. O grande exemplo que a temos de dar é o que buscamos construir.”
Como os curadores da Bienal apoiaram o manifesto – “o tema é maior que a 31ª Bienal” -, a solução “intermediária” encontrada foi definir que o patrocínio de Israel será apenas para os quatro artistas israelenses presentes na mostra.
Resposta de Leandro Spett Spett
O jovem artista Leandro Spett Spett repudiou o manifesto, que qualificou de uma iniciativa “patética, pífia e contraproducente. […] A arte está acima de rótulos, etiquetas e plataformas políticas. Ela jamais poderia ser sequestrada por quem se julga superior. Estes artistas fizeram da arte e do evento seus reféns, eles sequestraram a Bienal. […] É justo criticar qualquer país e sua política, mas por meio da arte e não nos bastidores”:
Crítica de Sheila Lerner
Num artigo para O Estado de S. Paulo, a crítica Sheila Leiner mostrou a contradição do artista libanês boicotador de Israel, que “trabalha com o dinheiro da Bienal (já que o Líbano não patrocina o evento), ao mesmo tempo em que questiona o patrocínio”. E também destacou a essência do movimento BDS, que gera “ódio, exerce coação, ameaça, influencia pessoas e tenta impor sua vontade pelo uso da apreensão”, concluído: “Esta é exatamente a forma de ação política que define o terrorismo”.
FONTES
Boletim Informativo da Confederação Israelita do Brasil, 11/09/2014.
FRANCISCO NETO, José. Bienal de Arte de São Paulo não terá mais o apoio de Israel. Brasil de Fato, 01 de setembro de 2014. Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/29688.
MARTÍ, Silas. Árabes ameaçam deixar Bienal por causa de patrocínio de Israel. Folha de S. Paulo, 28 de agosto de 2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/08/1506926-arabes-ameacam-deixar-bienal-por-causa-de-patrocinio-de-israel.shtml.
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